Empréstimos e experiência




Cada vez mais os clubes grandes compram jogadores em demasia… ora para precaverem o futuro… ora como parte essencial de alguns negócios.

São tantos jogadores que, só pelo Benfica e Porto, em jogadores em excesso podia-se fazer 3 ou 4 planteis. Ora, como é óbvio os clubes têm que meter esses jogadores a render… em clubes mais pequenos através de empréstimos.
A gestão do futebol do Benfica tem falhado nesse aspecto. Compramos muitos jogadores que acabamos por emprestar, não há mal nenhum até aqui, mas não os emprestamos a quem devemos.

Em vez de ceder temporariamente os profissionais a clubes nacionais, quer de 1ª quer de 2ª divisão, o Benfica opta muitas vezes por empréstimos a clubes estrangeiros. Há quem diga que é melhor, pois os campeonatos estrangeiros são mais competitivos etc… não é bem assim.
A verdade é que empréstimos a clubes nacionais gera uma série de situações benéficas a quem empresta.

Por um lado, vê os seus profissionais valorizarem-se em Portugal, o que permite ter um acompanhamento mais próximo do jogador. Por outro, sabe com o que pode contar para jogos nacionais, uma vez que o jogador mostra o que vale contra equipas Portuguesas, que é o que verdadeiramente nos interessa.
Vejamos o exemplo de Nélson Olivera/David Simão vs Éder Luís.

Os dois jovens formados no Benfica foram emprestados ao Paços de Ferreira. Ai, formaram-se jogando contra equipas Portuguesas, algo que lhe confere experiência e visibilidade suficiente para regressarem ao plantel principal do Benfica já com provas dadas do que são capazes.
Já Éder Luís não brilhou enquanto cá estava, algo normal para jogadores que vêm do futebol Sul-Americano. No entanto, em vez de optar por rodar o jogador em competições nacionais, o Benfica optou por o carimbar de volta ao Brasil, impedindo o profissional de evoluir as características necessárias ao nosso campeonato.

Mas não é só a habituação ou "ambientação" favorável ao jogador. É também o laço de amizade que se estabelece entre os dois clubes. Laços esses que favorecem sempre quem empresta, pois em várias situações terá sempre esses clubes pequenos favoráveis a uma decisão, a uma posição sua.

Já para não falar obviamente do conhecimento que ganharíamos em ter jogadores de volta. O Benfica tem neste momento Nélson Olivera e David Simão no plantel. Ambos sabem como o Paços de Ferreira joga, como pensa, como age em campo face a todas as situações possíveis. Algo que nos pode valer 6 pontos numa época.

Dai, pessoalmente, achar ser mais benéfico emprestar só a clubes nacionais do que enviar jogadores para o estrangeiro.

2 comentários:

Sandro disse...

Concordo com tudo, excepção feita a apenas uma coisa. Os empréstimos a clubes Brasileiros...
Quando o Benfica o opta por fazer é porque não pensa em integrar mais tarde esse jogador nos seus quadros, mas sim valorizar o jogador no seu próprio país, para em seguida o vender. Vejamos que aconteceu isso recentemente com o Patric que foi emprestado a um clube Brasileiro e depois vendido e que aconteceu agora com Kardec, Eder Luiz e Felipe Menezes que por certo serão todos para vender também.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011 às 19:36:00 GMT+1
Anônimo disse...

Sandro,

Percebo e concordo com o que dizes. Ai já tem que ser a direcção a conter-se antes de comprar alguns jogadores.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011 às 19:42:00 GMT+1

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